segunda-feira, 6 de julho de 2015

O brasileiro que vende celulares chineses para a América Latina

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O mercado brasileiro está cheio de produtos fabricados na China, mas, na Santa Efigênia, rua no Centro de São Paulo conhecida por suas lojas de eletrônicos, os consumidores costumar torcer o nariz para as marcas chinesas.

"A primeira coisa que vem à cabeça quando você fala 'produto chinês' é se tratar de uma mercadoria de pouca qualidade e provavelmente contrabandeada. Eu os evitaria", diz um comerciante.
Existe até mesmo um termo pejorativo para as marcas chinesas que tentam competir ou imitar marcas mais renomadas: "xing ling".

Ainda assim, este foi o mercado escolhido pela fabricante chinesa Xiami para começar a vender smartphones fora da Ásia.
A empresa, que, apesar de ser a terceira maior fabricante de smartphones do mundo ainda é desconhecida fora do continente asiático, anunciou sua chegada ao mercado brasileiro na última quarta-feira - as vendas começam no dia 7 de julho, por meio de seu site.

Liderando esta "invasão" chinesa está um executivo brasileiro, Hugo Barra, vice-presidente para operações internacionais da companhia.

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Barra (foto acima) é um exemplo raro de um latino-americano no comando de uma empresa chinesa. Formado em Ciência da Computação e Engenharia Elétrica pelo Massachussets Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, o executivo de 38 anos fez carreira em Londres, no Reino Unido, e no mercado americano.
De 2008 a 2013, trabalhou no Google, onde desempenhou um papel-chave no desenvolvimento do sistema operacional para smartphones Android.
Empresa criada pelo bilionário Lei Jun é hoje a terceira maior fabricante de smartphones do mundo
AP
Empresa criada pelo bilionário Lei Jun é hoje a terceira maior 
fabricante de smartphones do mundo
Mas, há dois anos, ele surpreendeu o Vale do Silício ao se mudar para uma start-up chinesa criada pelo bilionário Lei Jun.
A aposta parece estar dando certo. Sob a liderança de Barra, a Xiaomi se estabeleceu como uma grande fabricante deste setor, com 60 milhões de smartphones vendidos no ano passado.

Barra diz que a Xiaomi é diferente de outras empresas, porque opta em manter controle sobre várias etapas de produção e comercialização.

Ele a descreve como uma mistura de diversas companhias. Produz aparelhos, como a Apple.

Desenvolveu seu próprio sistema operacional baseado no Android, como o Google. E dedica boa parte de seus esforços para as vendas online e a logística, como a Amazon.

A Xiaomi cresceu sob o comando de um executivo muito bem-sucedido no Vale do Silício.
O próximo desafio de Barra será ganhar consumidores em seu próprio país.


http://tecnologia.ig.com.br/2015-07-06/o-brasileiro-que-vende-celulares-chineses-para-a-america-latina.html

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