O ano de 2013 foi muito bom para a música. Foram inúmeros lançamentos, do pop ao rock, passando pelo hip-hop, R&B, e eletrônica. Entre tantos álbuns novos no mercado, o Portal POP separou aqueles que mais se destacaram. O ano começou já de cara com três ótimos CD`s: David Bowie, Justin Timberlake e Daft Punk.
Bowie surpreendeu todo mundo e ressurgiu com “The Next Day”, mostrando que ainda há muita coisa boa rolando por aí e que sua criatividade e seu talento são inesgotáveis, mesmo depois de quase 10 anos sem nenhum material inédito.
Justin Timberlake, que depois de se dedicar ao cinema por seis anos, ousou e ressurgiu com dois álbuns em menos de seis meses, “The 20/20 Experience - The Complete Experience”, conquistando o título de CD mais vendido nos Estados Unidos em 2013. O material resgatou as boas colaborações do artista com Timbaland, além de boas novidades como parcerias com Jay Z e Drake.
E a aclamada e sempre misteriosa dupla francesa do Daft Punk, que depois de sete anos decidiu lançar o elogiadíssimo “Random Access Memories”, eleito por diversas listas internacionais com o melhor do ano. Com Pharrell Williams, eles criaram o maior hit do verão, “Get Lucky”, que ainda conta com o talento do guitarrista Nile Rodgers. Eles também resgataram Giorgio Moroder, um dos mestres da música eletrônica.
Depois ainda vieram outras boas surpresas, como Jay Z, que sem nenhum aviso jogou no mercado “Magna Carta Holy Grail”, com participações de Frank Ocean, revelação do rap do ano passado, e a esposa, Beyoncé, além do novo melhor amigo, Justin Timberlake.
Kanye West mais uma vez conseguiu causar na indústria com “Yeezus”, diferente de todos os sons já feitos por ele antes e surpreendentemente bom. Entre as canções, uma das mais polêmicas é “I Am God”, em que o rapper tem certeza que é, de fato, o todo poderoso, sem nenhuma modéstia. O disco é black, é eletrônico, é rap, é vanguardista e é a cara de Kanye.
Também não se pode deixar de lado o retorno em grande estilo de Eminem, emplacando “The Marshall Mathers LP2” no topo das paradas. Se Kanye aposta no inusitado, Eminem continua com seu rap clássico, suas rimas pesadas e suas letras ácidas. O Slim Shady se uniu mais uma vez com Rihanna no single “The Monster”, baladinha que está fazendo sucesso e quebrando recordes por aí, além de gravar com Sia e Nate Ruess, vocalista do fun..
O ano também foi bom para o rock com o novo do Arctic Monkeys, com “AM”. Alex Turner e sua trupe foram totalmente influenciados e hipnotizados pelos amigos do Queens of The Stone Age, o disco inclusive conta com muitas colaborações de Josh Homme. As letras, segundo Turner, continuam falando as mesmas coisas de antes, mulheres, amor, corações partidos e ligações no meio da madrugada, mote que nomeia uma das melhores faixas do disco, “Why’d You Only Call Me When You’re High?”
O Queens of The Stone Age veio com “Like Clockwork”, que por sua vez foi muito influenciado por Alex Turner e o rock indie britânico do Arctic Monkeys, além de uma brilhante e pontual participação de Dave Grohl na bateria. Mas Homme e seus colegas conseguiram se superar e fazer outro bom disco, com boas surpresas. Faixas longas, densas e uma arte visual impecável que aparece desde o encarte até os clipes.
Os escoceses do Franz Ferdinand também nos presentearam com “Right Thoughts, Right Words, Right Action”. Sem muito alarde, sem muitas estratégias de marketing e sem muitas ambições. E por isso conseguiram criar um som limpo, gostoso, com batidas boas e ótimas músicas novas. A turma também anda criativa na elaboração dos clipes, como o sombrio e até tosco “Evel Eye”.
Os veteranos do Pearl Jam vieram com mais um discasso clássico, “Lightning Bolt”, que traz todo o frescor de uma das maiores bandas do grunge que resiste firme e forte mesmo nos dias de hoje, dominados pelo pop. Eddie Vedder parece melhor com o tempo, assim como o vinho que sempre o acompanha nos shows, e as letras estão cada vez mais jovens e apaixonadas. Outro disco sem compromisso e que acertou na mosca.
Outro álbum que mantém a classe e todo o talento de Paul McCartney é “New”. O ex-Beatle resolveu chamar dois grandes produtores para trabalhar com ele, Mark Ronson, famoso pelos sucessos com Amy Winehouse, e Ethan Johns, que fez os discos de Ryan Adams e Kings of Leon, ambos aprovados pelo ex-Beatle.
A galera rock indie comemora o novo do Arcade Fire, “Reflektor”, que ainda não caiu nas graças dos público, mas merece sua atenção. O pessoal liderado por Win Butler foi criativo nas estratégias de divulgação do disco, fez um vídeo que mais parece um curta, cheio de ator famoso, como James Franco e Ben Stiller e até Bono Vox, do U2. As músicas contaram com o toque eletrônica do ex-LCD Soundsystem James Muprhy.
Sem falar na boyband One Direction. Os rapazes, fruto de um reality show britânico, viraram fenômeno pop de fãs histéricas comparados aos Beatles, com clipes que quebraram recordes de acessos no YouTube. Eles lançaram o terceiro disco, "Midnight Memories", encerraram uma turnê mundial e anunciaram novos shows para 2014, incluindo uma passagem pelo Brasil.
A turma feminina da música pop também comemorou 2013 com lançamentos das principais cantoras da atualidade. Katy Perry veio com “Prism”, que deixou de lado o sonho adolescente, virou uma felina vencedora no clipe de “Roar” e depois uma sedutora romântica e apaixonada em “Unconditionally”. O disco fala basicamente do fim com o ex-marido Russell Brand e o novo amor, John Mayer.
Lady Gaga, que começou o ano tendo que cancelar a turnê passada para realizar uma cirurgia nos quadris, quebrado por causa dos esforços repetitivos das coreografias elaboradas, conseguiu levantar a poeira e dar a volta por cima com “Artpop”. Em reclusão, ela se dedicou ao novo disco, uma fusão de arte e pop, que tenta trazer o pop para a arte, no melhor estilo Gaga de ser, aquele que ninguém entende muito mas os fãs amam. Apesar das vendas fracas e de ser chamado de "Artflop", Gaga segue firme na divulgação do material e deve sair em turnê em 2014.
Britney Spears, a princesinha do pop, que nem pode mais ser chamada de princesinha agora que é mãe de duas crianças, resolveu estremecer as concorrentes e ressurgiu com "Britney Jean", um disco autoral produzido por Will.i.am, do Black Eyed Peas. Antes mesmo de lançar o CD, Britney já causava polêmica com o clipe de “Work Bitch”, censurado em diversos países. Mesmo assim, ela não desanimou e continua firme e forte querendo se afirmar como a nova rainha das pistas. O segundo single, "Perfume", composta em parceria com Sia, tem mais a cara de baladinha romântica do CD. Independente do disco, Britney estará com temporada fixa de shows em um famoso hotel Las Vegas, intitulado "Piece Of Me".
Mas 2013 não seria 2013 sem Miley Cyrus. A ex-Hannah Montana virou um dos nomes mais comentados do ano. Ela deixou para trás o mundo da Disney e resolveu mostrar que cresceu. Mudou o cabelo, as roupas, fez amigos rappers, lançou o disco "Bangerz", emplacou hits no topo das paradas, quebrou recordes no YouTube, terminou um noivado, fez novas tatuagens, aprendeu o twerk, apareceu nua no vídeo de "Wrecking Ball", chocou a sociedade com a performane no VMA, e ainda apareceu fumando um suposto cigarro de maconha em uma premiação na Holanda.
A lista também não pode acabar sem o novo álbum de Beyoncé, lançado aos 48 do segundo tempo exclusivamente via iTunes, deixando fãs e imprensa perplexos. Na madrugada de 13 de dezembro, ela disponibilizou 14 faixas inéditas e mais 17 clipes, criando seu primeiro álbum visual. As canções contam com participações especiais de Jay Z, na excelente "Drunk In Love", Drake, em "Mine" e Frank Ocean, em "Superpower". A produção ainda teve nomes como Justin Timberlake, Timbaland e Sia. Em apenas três dias, o CD ultrapassou 1 milhão de cópias vendidas online. Só nos Estados Unidos foram 617 mil, concedendo o primeiro lugar na Billboard 200. Em entrevistas sobre a ousada tática, Beyoncé disse que estava cansada de lançar tudo da mesma forma e sentiu que poderia falar diretamente com seus fãs. "Beyoncé" é um baita presente de final de ano de Beyoncé para seus fieis seguidores.
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