Brasília - Um crime hediondo choca a sociedade de Brasília. E não é de sangue. É contra a língua. A Secretaria de Educação do Distrito Federal investiga como um uniforme escolar que trazia erro grosseiro de grafia, com a palavra “encino”, escrita, assim, com ‘c’, foi entregue a um estudante do Centro de Ensino Médio 01 de Brazlândia há duas semanas. Informa a secretaria que a camiseta não foi produzida pela Fábrica Social, responsável pela confecção das peças. A suspeita agora é de que a roupa tenha sido falsificada, num ato de sabotagem intelectual.
O erro foi notado pela irmã de um dos estudantes do colégio, Maykon dos Santos, Taynara dos Santos. O garoto, de 18 anos, cursa a aceleração e faz o 1º e o 2º ano do Ensino Médio ao mesmo tempo.
“Eu achei estranho quando ela falou”, disse o rapaz. “A gente recebeu as camisetas de graça na escola, mas, como ficaram grandes, paguei R$ 15 em outra e nem reparei nessa”, afirmou o rapaz ao site G1.
Uma foto da camiseta foi postada no Facebook por Taynara. Em 14 horas, a imagem recebeu mais de 7,4 mil compartilhamentos. Taynara comentou: “Olha só o nível da camiseta distribuída pelo GDF às escolas públicas...Estão ENCINANDO direitinho, hein.”
Os crimes contra o vernáculo não estão restritos a recintos de escolas públicas de Ensino Médio nem a cartazes do comércio e portas de banheiro de botequim. Acontecem também em instâncias superiores de ensino, que deveriam primar pela língua, como as universidades.Recentemente, num comunicado interno contra o trote, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) deslizou feio em vários erros gramaticais, como “sugeito” e “indígno”, além de problemas de concordância. E o aviso contra o trote, de tantos erros, acabou soando como tal.
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