Os smartphones têm tudo para estar entre os produtos mais procurados neste Natal. Um estudo recente do IDC aponta que as vendas de smartphone cresceram 17% em um ano no Brasil.
Por ainda ser uma categoria de produtos relativamente nova, o smartphone evolui rapidamente, e o que era excelente em 2013 já virou mediano neste ano. A escolha de um smartphone envolve diversos fatores, como tela, processador e sistema. E a melhor combinação varia muito de uma pessoa para outra. O guia abaixo mostra os principais critérios usados para escolher um smartphone. Confira.
Preço
Os smartphones básicos com
Android costumam ter preços entre R$ 300 e R$ 500. Nessa faixa costumam
estar aparelhos com telas de 3 a 4 polegadas, 4 GB de memória interna
ou menos e 512 MB de RAM. Alguns desses smartphones ainda rodam a versão
2.3 do Android, atualmente defasada.Na faixa entre R$ 500 e R$ 1.000 encontramos os smarphones intermediários com Android 4.0 ou superior e Windows Phone. Com telas entre 4 e 5 polegadas e pelo menos 8 GB de memória interna e 1 GB de RAM, esses smartphones são os modelos com melhor relação entre custo e benefício. Entre algumas boas opções de aparelhos nesta faixa estão Moto G, Zenfone 5 e Lumia 730.
Quem tem um pouco mais para gastar pode fazer um bom negócio comprando um aparelho entre R$ 1.000 e R$ 1.500. Essa categoria traz smartphones com muito boa configuração e preço mais acessível e inclui modelos que foram lançados em 2013, mas ainda têm lenha para queimar. Entre esses aparelhos estão o Moto X, o Galaxy S4 e o LG G2.
Na faixa de R$ 2.000 ou mais estão os aparelhos mais sofisticados. Em comum, todos têm ótimas telas e configuração poderosa. É nessa categoria que estão o LG G3, o Moto Maxx, o Galaxy Note 4, o Xperia Z3 e o iPhone 6.
Sistema
Asha - O sistema Asha está presente em alguns celulares de baixo custo da Microsoft com preços na faixa de R$ 300 ou menos. O sistema tem algumas características de smartphones, como loja de aplicativos e tela sensível ao toque. A duração de bateria também é boa, de vários dias. Mas os aparelhos Asha têm muitas limitações. Há poucos aplicativos e alguns dos aparelhos não têm 3G ou GPS. Por isso, vale mais a pena gastar um pouco mais para adquirir um celular com outro sistema.
Android - Presente em mais de 90% dos smartphones vendidos no Brasil, segundo dados do IDC, o sistema Android, do Google, é a opção mais adequada para a maioria dos usuários. O Android é um sistema moderno, fácil de usar e com excelente oferta de aplicativos. E está em aparelhos de todas as faixas de preço e de vários fabricantes.
O único problema mais grave do Android está no
quesito segurança. Como o Google faz uma checagem apenas básica dos
aplicativos da Google Play, há muitos programas que espalham vírus ou
realizam outras ações sem o consentimento do usuário. Por isso, é
necessário cuidado na hora de baixar aplicativos.
iPhone - Outra opção de excelente qualidade é o iOS, do iPhone. O iOS é outro sistema moderno, com excelente oferta de aplicativos e boas lojas de músicas e vídeos. A loja de aplicativos do iPhone é meticulosamente gerenciada pela Apple. Esse é um dos motivos pelos quais, de modo geral, a qualidade dos aplicativos do iPhone tende a ser melhor.
O único inconveniente do "mundo Apple" é o preço. O iPhone 6, modelo mais recente da Apple, é vendido por R$ 3.200. Para quem não tem essa grana toda e quer ter um iPhone mesmo assim, a primeira opção é tentar comprar nos Estados Unidos.
Se isso não for possível, o aparelho mais indicado é o iPhone 5c (R$ 1.500), que ainda tem uma configuração relativamente parruda. O iPhone 4S (R$ 1.000) ainda é vendido, mas a configuração já é antiga e o aparelho tem dificuldades em rodar o iOS mais moderno (versão 8).
Windows Phone - Uma terceira opção que vem ganhando espaço no Brasil é o Windows Phone, sistema dos aparelhos Lumia, da Microsoft. O Windows Phone é um sistema moderno e com visual elegante, mas fica atrás dos concorrentes na variedade de aplicativos. Essa situação vem melhorando lentamente, mas a variedade de jogos e aplicativos de serviços locais (bancos, serviços públicos e outros) ainda é menor do que no iPhone e no Android.
BlackBerry - A BlackBerry praticamente abandonou o segmento de celulares para o consumidor doméstico, por isso não é uma opção indicada para a maioria das pessoas. O smartphone mais novo da empresa, o Passport, tem formato quadrado, teclado físico e é indicado apenas para usuários corporativos que precisam usar muito o e-mail de forma prática e segura.
Tela
Depois que o iPhone eliminou os botões físicos dos smartphones, a tela passou a ser a característica física mais importante ao comprar um celular. Smartphones básicos costumam ter telas entre 3 e 4 polegadas. Esse tamanho pode chegar a mais de 6 polegadas, como no caso do Galaxy Mega 6.3.
De
modo geral, smartphones com telas de 4 polegadas ou um pouco mais
costumam proporcionar bom equilíbrio entre espaço na tela e praticidade.
Aparelhos com telas de 5 polegadas ou mais trazem
mais conforto ao navegar na web e, principalmente, ver vídeos e jogar
games. Por outro lado, são mais difíceis de operar com uma só mão e
podem não caber em bolsos pequenos.
No fim das contas, tamanho da tela é uma questão de gosto pessoal. Por isso, para fazer a melhor escolha o melhor é ir até uma loja e experimentar celulares de tamanhos diferentes.
Além do tamanho, um quesito relevante é a resolução. Os aparelhos mais básicos costumam vir com resolução de 320 x 240 ou próxima disso. Para aparelhos com telas entre 4 e cinco polegadas, a resolução mais encontrada e recomendada é a HD (1.280 x 720).
A maior parte dos smartphones de ponta tem resolução Full HD (1.920 x 1.080). Alguns poucos aparelhos, como Moto Maxx, G3 e Galaxy Note 4, têm resolução Quad HD (2.560 x 1.440). Mas na prática não dá para notar a diferença entre essa resolução e a Full HD.
Tecnologias que aprimoram a nitidez das imagens também são itens importantes. Uma delas é a IPS, que deixa as imagens mais nítidas mesmo com o aparelho inclinado. Smartphones mais sofisticados também costumam ter telas AMOLED, com cores mais vivas do que as telas LCD TFT incluídas em aparelhos mais básicos.
3G ou 4G?
Todo smartphone vem, no mínimo, com conexão para redes 3G. Alguns aparelhos intermediários e todos os smartphones sofisticados já suportam redes 4G.
Na prática, enquanto redes 3G suportam velocidades
médias por volta de 3 Mbps (em redes 3,5G do padrão HSPA+), as redes 4G
podem fornecer velocidades na casa de 20 Mbps.
O problema é que, como qualquer pessoa que já usou 3G sabe, a qualidade da conexão ainda não é das melhores.
No caso do 4G, a área de cobertura é ainda menor e a velocidade real depende muito do local e do número de usuários conectados, entre outros fatores. Por essas razões, a aposta em um plano 4G por enquanto vale a pena para quem realmente precisa de velocidades muito altas.
Outras conexões
Todo smartphone vem com suporte para redes sem fio Wi-Fi dos padrões b, g e n. Alguns smartphones mais modernos já começam a vir também com o padrão Wi-Fi ac, o mais rápido. Vale observar que para aproveitar a conexão ac é necessário que o roteador gere uma rede nesse padrão
Além do Wi-Fi, há o obrigatório Bluetooth, útil principalmente para conexão a fones de ouvido e caixas de som sem fio. Alguns aparelhos trazem ainda conexões NFC e DLNA, mas essas são úteis apenas em situações muito específicas e não devem ser levadas em conta como diferencial na hora da compra.
Saiba mais sobre a tecnologia NFC
Processador
Aqui a dica é simples: quanto mais núcleos e maior velocidade, melhor. Smartphones muito básicos costumam vir com processador de apenas dois núcleos e velocidade de 1 GHz. No segmento de intermediários, o padrão é um chip de quatro núcleos com velocidade na casa de 1,2 GHz.
Já celulares Android e Windows Phone de ponta contam com processadores de quatro ou mais núcleos e velocidade acima de 2 GHz. No momento, o chip mais poderoso é o Snapdragon 805, com quatro núcleos e velocidade de 2,7 GHz.
Memória RAM
Aparelhos básicos costumam vir com 500 MB ou menos de memória. Até dá para rodar o Android ou o Windows Phone com esse valor, mas o sistema pode apresentar engasgos, principalmente caso haja muitos aplicativos abertos. Assim, um valor de 1 GB é mínimo para que o smartphone funcione sem lentidão. Aparelhos mais sofisticados vêm com 2 GB ou 3 GB, caso do Galaxy Note 4.
Armazenamento
Smartphones básicos costumam vir com 4 GB de memória total, mas o espaço realmente disponível para o usuário é menor, podendo ficar na casa dos 3 GB. Para compensar essa falta de espaço, boa parte dos smartphones vem também com entrada para cartões de memória. Assim, é possível obter mais espaço para músicas e vídeos.
Versões mais modernas do Android e do Windows Phone até permitem instalar aplicativos no cartão de memória. Mas muitos apps acabam armazenando informações na memória do sistema.
Por isso, o ideal para quem usa muitos aplicativos ou joga games (tipo de aplicativo que mais consome espaço) é optar por um modelo com no mínimo 8 GB de memória interna.
A entrada para cartão de memória está em todos os aparelhos básicos e também em muitos smartphones intermediários e sofisticados. Mas o número de celulares sem essa entrada tem aumentado, principalmente entre modelos mais caros. Entre os produtos que não têm entrada para cartão estão o iPhone, os aparelhos da linha Nexus e o Moto X.
Câmera
Muitas pessoas acham que a quantidade de megapixels é o único critério para definir a qualidade da câmera, mas isso não é verdade. Características como tamanho do sensor, qualidade da lente e dos componentes eletrônicos, presença de estabilizador óptico e tipo e qualidade do flash são fundamentais para tirar foto melhores. Por isso, a comparação direta entre celulares levando em conta apenas os megapixels não é possível.
Para muita gente, a câmera do smartphone serve
apenas para tirar fotos na balada ou em reuniões familiares e publicar
no Facebook. Se a ideia é essa, mesmo as câmeras de smartphones básicos
dão conta do recado, ainda que a qualidade da imagem seja ruim
principalmente quando há pouca luz natural.
Atualmente, porém,
mesmo smartphones intermediários já conseguem produzir fotos de boa
qualidade principalmente sob boas condições de luz. Mas quem realmente é
fã de fotos perfeitas terá que investir em um smartphone mais caro.
Entre os aparelhos com as melhores câmeras do mercado estão os novos
iPhones 6 e 6 Plus, os Xperia Z3 e Z3 Compact, o Moto Maxx, o G3, o
Galaxy Note 4 e o Lumia 1520.Outro aparelho com excelente câmera é o Galaxy K Zoom. Ele se destaca por ser o único atualmente no mercado com zoom óptico, recurso presente apenas em câmeras digitais.
Veja aplicativos para melhorar fotos tiradas com smartphones
Chips de operadora
Até poucos anos atrás, apenas os famosos celulares "xing-ling" tinham versões para mais de um chip de operadora. Mas as fabricantes mais tradicionais perceberam o potencial desse mercado e atualmente há boa oferta de celulares de marcas conhecidas com dois ou até três chips de operadora.
Outro ponto a observar em relação aos chips é o tamanho. Atualmente há três tamanhos de chip no mercado: SIM (usado em smartphones básicos), microSIM (maioria dos aparelhos intermediários e avançados) e nanoSIM (em alguns aparelhos intermediários e de ponta). Ao comprar seu novo aparelho, é importante verificar essa informação para saber se você precisará trocar ou cortar seu chip.
Bateria
Bateria que dura uma semana é um sonho de quem usa smartphones. Mas a realidade é que, com as tecnologias de bateria usadas atualmente, a duração fica longe disso. Na prática, as baterias em sua maioria duram dia de trabalho e precisam ser recarregadas à noite, mas com uso intenso podem nem chegar ao fim do dia.
Alguns poucos smartphones se destacam por ter uma duração de bateria acima da média. Entre eles estão o Xperia Z3 Compact e o líder absoluto Moto Maxx. Nos testes, esse smartphone da Motorola obteve uma duração de bateria duas vezes maior do que a média.
http://tecnologia.ig.com.br/especial/2014-12-10/veja-dicas-para-comprar-seu-smartphone-neste-natal.html
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