Faltam cerca de quatro meses para a Copa do Mundo e a agência de viagens oficial da Fifa, a Match, já devolveu quartos reservados em hotéis em diversas cidades sede. Isso acontece porque demanda tem sido menor do que a esperada.
A agência é responsável pelo atendimento de exigências de hospedagem de autoridades, representantes, convidados e funcionários da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL), seleções participantes e prestadores de serviços.
O caso mais dramático é o de Natal (Arena das Dunas - foto ao lado), uma das cidades-sede do Mundial de Futebol. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) do Estado, Habib Chalita, metade dos quartos previstos em contrato, em 37 hotéis da cidade, já foram devolvidos.
O executivo se diz surpreso. "Eles [a Match] anteciparam a devolução em dez dias. Acho que até mesmo eles não esperavam", aponta. Na região, Chalita afirma que os preços altos não são um problema. "As diárias variam de R$ 200 a R$ 250, e ficamos no meio do caminho entre outras duas cidades-sede, Recife e Fortaleza".
Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a devolução de quartos reservados pela agência variou de 30% a 40%, conta o presidente da ABIH do Estado, Carlos Henrique Schmidt. "Surpreendeu. Não tínhamos expectativa que fosse nesse nível", conta o empresário. O número representa cerca de 1 mil apartamentos. A Match reservou 3 mil apartamentos na cidade, que tem em torno de 10 mil leitos.
A estimativa, conta Schmidt, é que a devolução chegue a 50% até o prazo final, cerca de dois meses antes do evento. "Porto Alegre está sem espaço para abusos de preços. Quem achar que vai ficar milionário com a Copa, vai micar".
Guilherme Verdun, gerente comercial do Diplomata Hotel, em Cuiabá, em Mato Grosso, conta que a devolução na rede atingiu 20%. "Muitos disseram que iam faltar leitos na cidade. Mas alguns jogos não estão tendo demanda".
Em Curitiba, no Paraná, a devolução de quartos em alguns hotéis chegou a atingir 25%.
Procurada, a Match informa que já contratou parte dos quartos de mais de 800 hotéis em todo o País, principalmente na faixa de três a cinco estrelas.
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