Logo as impressoras 3D podem ficar mais baratas e mesmo hoje já dá para comprar a sua, instalar em casa e imprimir tudo que for de plástico com um modelo do objeto em três dimensões. Você talvez não consiga imprimir partes do corpo por falta de material adequado, mas esses cientistas conseguiram.
A Universidade Cornell imprimiu orelhas. Para tanto, fizeram uma cópia de uma orelha de criança no computador em 3D e usaram a impressora carregada com um gel feito de cartilagem de boi e colágeno da cauda dos ratos. Depois de quinze minutos, a orelha novinha fica encubada com nutrientes por três meses para que o colágeno se propague. Parece bobagem, mas mais de doze mil pessoas nascem com orelhas deformadas ou mesmo sem orelhas, o que dificulta sua audição. O implante poderá ser realizado sem problemas, porque as células da orelha continuam crescendo e elas são facilmente incorporadas ao paciente.
Rins também já podem ser impressos em 3D – o que vai poder salvar a vida de milhares de pessoas que aguardam por um transplante passando por sessões de hemodiálise semanalmente. A façanha foi conseguida pelo Instituto Wake Forest. Uma sopa de células retiradas de um rim saudável é despejada impressa como um rim. Depois, é incubada. No transplante, se torna biodegradável como uma estrutura do corpo. Infelizmente eles ainda não são funcionais: apesar da estrutura, o sangue não corre e transplantes com rins impressos ainda não foram feitos. Mas estamos mais perto que nunca de uma cura para problemas renais.
O maior órgão do corpo humano também tem seu espaço na lista de reprodução em impressoras 3D. Enxertos de pele já são fabricados para pessoas que sofreram queimaduras ou têm cicatrizes muito grandes, por exemplo. Mais uma vez o Instituto Wake Forest segue na frente. Para conseguir reproduzir a pele, primeiro se tira uma foto da ferida e aí se molda para depositar a quantidade necessária de colágeno, fibrinogênio e trombina que ativam a circulação. A ideia é fazer diretamente sobre a ferida e, no futuro, ter uma impressora pequena o bastante para levar para campos de guerra.
Não estamos muito longe de conseguir criar órgãos a partir de células com uma impressora 3D. Os riscos de rejeição são mínimos e a melhor parte é não precisar entrar em uma fila nem que uma pessoa morra para que outra possa viver. O futuro é um lugar realmente impressionante.
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